Quais são as diferenças entre a TAEG e TAN?

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Quando necessita de um crédito (independentemente da tipologia – seja crédito pessoal, crédito automóvel, cartões de crédito…) é de extrema importância que tenha em conta toda a oferta existente no mercado, de forma a poder fazer a escolha mais acertada para si. 

Todos os créditos têm taxas de juro associadas, por isso antes de lhe explicarmos as principais diferenças entre a TAEG e TAN, é importante verificar quais os principais tipos de juros que podem ser associados a um crédito.

Diferenças entre as taxas de juros TAEG e TAN

Quando um consumidor necessita de uma solução de financiamento (independentemente do tipo de crédito que seja), é importante que façam uma análise cuidada a determinados parâmetros (que vão fazer a diferença entre os valores totais que são pagos), de forma a encontrar a melhor alternativa para si.

Quando se analisa um crédito, os parâmetros mais importantes e que devem ser tidos em conta são as diferentes taxas que são aplicadas aos serviços por parte das instituições bancárias.

Assim sendo, é importante que tenha sempre em conta (entre outras variáveis) a TAEG (Taxa Anual de Encargos Global) e a TAN (Taxa Anual Nominal).

De forma mais simplificada, podemos dizer que:

1 – TAEG (Taxa Anual de Encargos Global)

A TAEG é o indicador de todos os juros e encargos que lhe vão ser cobrados ao longo do crédito, e que representam uma receita para a apropria entidade.

Estão também incluídos nestes valores as comissões, seguros, despesas de abertura (enfim, todas as despesas associadas ao contrato realizado).

Além disso, a taxa de juro TAEG inclui igualmente os impostos subjacentes ao contrato de crédito.

É interessante acrescentar que muitos bancos concedem uma bonificação do spread sempre que os clientes aceitam as vendas associadas de outros produtos, que podem ser cartões de crédito ou seguros, por exemplo.

Nestes casos, havendo redução do spread, então o banco deve expressamente apresentar ao cliente uma TAEG que traduza essa redução.

A TAEG do crédito é indicada na informação pré-contratual que é fornecida ao cliente ou seja, na FIN – Ficha de Informação Normalizada, no caso do crédito aos consumidores, na secção “Custo do crédito”.

Já no caso do crédito habitação e outros créditos com garantia hipotecária, a informação constará da FINE – Ficha de Informação Normalizada Europeia, na secção “Taxa de juro e outros custos”.

2 – TAN (Taxa Anual Nominal)

Como o próprio nome indica, a taxa de juro TAN é uma taxa anual e que é usada nas operações que envolvem o pagamento de juros, sejam ao nível de crédito ou de remuneração de depósitos. 

Sendo uma taxa anual para se calcular o valor mensal tem de se dividir por 12. Já para cálculos semestrais deverá ser dividida por dois, ou por quatro para calcular o valor trimestral.

É importante ter em conta que esta taxa não inclui qualquer encargo nem impostos.

As taxas de juro TAEG e TAN são ótimos indicadores de análise das diversas ofertas existentes no mercado, assim sendo é importante que caso pretenda contratar algum tipo de crédito as analise com calma e tempo (fazendo as simulações para o mesmo montante e com o mesmo prazo de reembolso).

Para que o consumidor consiga entender realmente o custo que um crédito irá ter na sua vida, é importante que tenha sempre em conta estas taxas, uma vez que as mesmas refletem exatamente esse valor (e muitas vezes não é simples de entender sem um olhar aprofundados sobre as mesmas).

Tal como já dissemos anteriormente, a taxa de juro é o valor do dinheiro (ou seja, o lucro que a entidade vai ter depois de receber o dinheiro de volta), e é importante salientar que este valor varia de acordo com diversos fatores, incluindo o tipo de solução que você pretende.

Uma vez que cada tipo de crédito tem taxas de usura máximas diferentes, para o banco não é o mesmo emprestar dinheiro para comprar um carro, uma casa ou um crédito pessoal para fazer uma viagem de sonho ou casar (uma vez que os primeiros podem servir de garantia no caso de não proceder ao pagamento das prestações, no entanto nos segundos não existe nenhuma garantia bancária fixa associada aos mesmos daí as taxas serem mais elevadas).

Outra questão muito importante e que deve ter em conta quando analisa as taxas de juro (TAEG e TAN) é saber até que ponto deve escolher uma taxa de juro fixa ou variável (uma vez que a primeira envolve taxas de amortização antecipada e a segunda não).

Agora que já sabe quais as diferenças entre a taxas de juro TAEG e a TAN, já pode analisar as propostas de mercado existentes de uma forma muito mais prática e simples, pois já sabe efetivamente quais os dados que tem de analisar.

Quais os principais tipos de taxas de juros no crédito?

A definição de juros é algo bastante simples:

Os juros são o capital adicionado a um capital aplicado num determinado prazo (ou seja é o preço do dinheiro – este pode ser um ganho – se for a seu favor, ou um custo – se for a favor de um banco ou instituição).

Quando se procede a um crédito existem diversos tipos de juros que podem estar associados, e os mesmos divididos em diversas formas de aplicação.

Fique a saber quais.

Veja também: MTIC: Quanto pago por um crédito?

1 – Taxa de juros simples ou compostos (método de cálculo)

Quando se calcula a taxa de juro associada a um determinado crédito, a mesma pode ser simples (quando não é adicionado ao capital inicial, sendo separado pelo prazo de pagamento) ou composto (quando a taxa de juro é agregada ao capital no final de cada mês – formando desta forma a capitalização do capital).

2 – Taxa de juros postecipados e antecipados (momento de pagamento)

Todos os tipos de juros podem ser considerados compensatórios, ou seja, são a maneira de o consumidor compensar o banco ou entidade pelo empréstimo de dinheiro.

O pagamento dos juros pode ser realizado no início de cada período de contagem dos juros, e representam uma perda efetiva de valores disponibilizados – estes são os juros antecipados.

No caso de os juros serem liquidados no final do período de contagem de juros, os mesmos são designados de postecipados (e são a forma mais comum de pagamento).

No que respeita o momento do pagamento, podemos ainda dizer que existem um 3º tipo, são os juros de mora e ocorrem sem que o consumidor procede ao pagamento do reembolso de determinado período, fora da data acordada.

3 – Curto, médio ou longo prazo (período de juros)

As taxas de juro variam consoante os períodos em que são contratadas, sendo que por norma para contratos a 12 meses o valor é menor do que para contratos a 86 meses.

Podemos dizer que os juros de curto prazo são aplicados até ao prazo máximo de 12 meses, os de médio prazo têm um horizonte temporal entre 12 a 60 meses (ou seja, 1 e 5 anos), e são considerados de longo prazo todos os que sejam superiores a 60 meses.

4 – Juros ativos ou passivos (entidade que paga)

Não se pagam juros apenas relativamente a empréstimos e créditos. Quando um consumidor tem o dinheiro a render no banco, o mesmo também ganha juros.

Assim sendo, é possível também dividir os juros de acordo com a entidade que paga.

Se os juros forem pagos à instituição no seguimento de um crédito, os mesmos são ativos, no entanto se forem pagos a clientes no seguimento de aplicações financeiras, os mesmos são passivos (pois este capital representa um passivo (dívida) nos balanços das instituições financeiras).

A diferença entre os juros ativos e passivos representam o ganho para a o banco ou instituição. Por exemplo o banco empresta dinheiro a 5% e paga pelos depósitos 3%. A diferença (2%) é o valor que o banco ganha com os movimentos.

Veja também: Novas taxas máximas de usura

Categorias: Crédito Pessoal