Taxa de inflação em 2020 e previsões para 2021

Como já estamos no início de 2021, já é possível conhecer os valores da taxa da inflação relativos ao ano passado.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de -0,2% em dezembro de 2020.

De acordo com os levantamentos, este valor corresponde ao mesmo valor registado em novembro de 2020. Ou seja, reflete que a variação média do indicador de inflação nos últimos doze meses foi nula.

A variação nula de 2020 sucede a uma taxa de 0,3% registada no conjunto do ano de 2019.

O PIB, por sua vez, sofre uma queda histórica de 8,1%, o que já era esperado tendo em conta as consequências da pandemia.

Para 2021, as previsões são de uma taxa de crescimento de 3,9%, abaixo dos 5,4% esperados pelo Governo.

As projeções, feitas pelo Banco de Portugal:

“assumem que as restrições são gradualmente retiradas a partir do primeiro trimestre de 2021, embora a atividade permaneça condicionada até ao início de 2022, altura em que uma solução médica eficaz estará plenamente implementada”.

Todos nós já ouvimos falar no termo inflação. Mais que não seja porque os telejornais fazem frequentemente referência a este tema sempre que se fala sobre economia.

E, de fato, este fenómeno tem influência direta no orçamento familiar de todos nós, daí ser tão importante estar a par desta temática.

Apesar de estarmos familiarizados com o termo, muitas vezes não compreendemos muito bem as consequências da inflação na nossa vida. Isso ocorre essencialmente por acharmos que esta se reflete somente no que diz respeito à macroeconomia.

Pois saiba que a inflação faz parte do nosso dia a dia, e é importante entender como este fenómeno afeta as nossas vidas, a economia e o orçamento familiar de cada um de nós.

Acompanhe o guia que o NValores preparou para si com as principais informações sobre este tema.

O que é a inflação e como é que a mesma tem influência na sua vida

Entender o que é a inflação não exige um conhecimento matemático profundo, e o seu significado é depreendido intuitivamente, dada a influência direta que esta tem nas nossas vidas.

Basicamente, a inflação consiste do aumento generalizado dos preços de produtos e serviços, independente dos efeitos da oferta e procura de uma economia. É importante frisar que os preços oscilam naturalmente com base numa equação de oferta vs. procura.

A inflação, por sua vez, não tem relação com essa lei, sendo que a subida de preços ocorre de forma generalizada, devido ao aumento da moeda que está em circulação.

As consequências da inflação são sentidas no bolso de todos os cidadãos, que veem o seu poder de compra diminuir já que a moeda deixa de ter o mesmo valor, devido à subida dos preços.

Veja também: Aumentos salariais em 2020 – Sector privado e função pública

Como é calculada a taxa de inflação?

Conhecemos a taxa de inflação na forma de percentagem, a qual apresenta o aumento geral dos preços relacionados a bens e serviços.

Apesar de se refletir nos preços de forma generalizada, o seu cálculo tem em consideração o peso que alguns produtos e serviços têm no orçamento familiar. Vamos falar em produtos e serviços reais e concretos para ilustrar melhor este cálculo.

A eletricidade ou o combustível têm por norma um peso elevado no orçamento familiar. Portanto, no cálculo da inflação também terão maior peso quando comparados em relação ao aumento do preço da farinha, por exemplo.

Em relação aos países que compõem a zona do euro, a taxa de inflação é calculada mensalmente. Porém é a taxa anual que indica eventuais aumentos no salário, de forma a (tentar) equilibrar o nível do poder de compra de um cidadão.

Como é óbvio na grande maioria das vezes o aumento salarial anual não reflete a real inflação dos produtos e serviços que necessitamos para o nosso dia a dia.

Quais são os tipos de inflação?

A inflação pode ser classificada de acordo com a percentagem que apresenta. E, é isso que reflete a sua intensidade. Comumente, quando há aumento superior a 2% considera-se a existência de inflação.

O aumento a partir dos 3% caracteriza uma inflação deslizante, ou moderada. Quando a elevação ultrapassa os 10%, temos a inflação galopante com a perda de valor da moeda.

Por fim, e a mais crítica de todas, é a hiperinflação, onde o aumento dos preços de produtos e serviços é maior do que 50%. Este caso acaba por evidenciar uma grave crise económica.

Como a inflação afeta as nossas vidas?

Sabendo destes conceitos sobre a inflação, está na hora de falarmos sobre o que realmente queremos entender.

Como é que a inflação afeta as nossas vidas?

Basta seguir uma pequena linha de raciocínio para compreender essa questão.

Já percebemos que uma inflação elevada causa o aumento dos preços. Portanto, se os preços aumentam sem que os salários acompanhem diretamente esse aumento, o poder de compra das famílias é reduzido.

Por outras palavras, com o mesmo rendimento alocado ao orçamento familiar, as famílias passam a comprar menos do que antes de existir o aumento da inflação. Isso é preocupante a nível micro e macro económico.

Pense, se o seu dinheiro não tem mais o mesmo valor, por consequência a sua família passa a comprar menos. Agora utilize este raciocínio num nível mais abrangente, ou seja, considerando a economia de um país.

Lembra-se da lei do mercado da oferta e da procura?

Pois se não há procura, a economia desacelera, e por consequência ocorre um desequilíbrio que pode levar a cenários caóticos de desvalorização da moeda.

Entender a variação da inflação é entender o funcionamento da própria dinâmica do orçamento familiar. Por isso fique atento às percentagens da inflação e como elas podem afetar a sua dinâmica orçamental.

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Categorias: Bancos e Economia
Ricardo Rodrigues: CEO e Fundador da RRNValores Unipessoal, Lda, Ricardo Rodrigues gere uma equipa formada por consultores, criadores de conteúdos e programadores que desenvolvem e mantêm uma plataforma gratuita com informação e comparação de produtos bancários. Formado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) e apaixonado pela área Financeira, criou o nvalores.pt em Agosto de 2013 com a missão de garantir uma comparação independente de produtos bancários em Portugal. Exerceu funções de consultor financeiro independente na Empresa Maxfinance, nomeadamente assessoria na obtenção de crédito pessoal, crédito consolidado, crédito automóvel, cartões de crédito, crédito hipotecário, leasing, seguros e aplicações financeiras. Email: geral@nvalores.pt