Conta conjunta: Sim ou Não?

conta conjunta

Relacionamentos envolvem compartilhar muitos aspetos da vida e, muitas vezes incluem a criação de uma conta conjunta. Mas quando falamos de relacionamentos, não precisa de ser necessariamente uma relação entre casais, pode ser entre familiares ou parceiros profissionais.

Ao optar por uma conta conjunta, divide-se a responsabilidade de cuidar de parte da vida financeira, e a titularidade irá ser dividida por duas ou mais pessoas.

Este tipo de conta pode trazer muitas facilidades para os titulares, mas existem considerações que devem ser feitas para não se arrepender desta escolha.

Neste artigo vamos explicar como funcionam e quais são as vantagens e desvantagens de abrir uma conta conjunta. Assim, vai realmente perceber se esta escolha, de facto, é uma boa opção para si e para as suas necessidades.

Conta conjunta: O que é e como funciona?

Podemos definir a conta conjunta como uma espécie de conta coletiva, ou seja, a movimentação é feita por duas ou mais pessoas. As pessoas que compartilham a titularidade podem ser singulares ou coletivas.

Ainda, na classificação das contas coletivas, é possível dividi-las em duas categorias:

1 – Contas solidárias: São aquelas que podem ser movimentadas livremente por qualquer um dos titulares.

2 – Contas conjuntas: São aquelas que podem ser movimentadas somente com a assinatura de todos os titulares. Esta é a mais comum, e, portanto, é a que iremos abordar neste artigo.

Antes de falarmos sobre as suas vantagens e desvantagens, é interessante acrescentar que este tipo de conta geralmente é destinado a casais, empresas e também condomínios.

Quais as principais vantagens de abrir uma conta conjunta

Compartilhar as responsabilidades financeiras com outras pessoas da sua confiança pode ser bastante benéfico em termos de gestão do dinheiro.

A seguir, listamos algumas das principais vantagens em abrir uma conta conjunta.

1 – Gestão financeira compartilhada

Com o auxílio de mais pessoas na administração da conta, torna-se mais fácil gerir o dinheiro e utilizá-lo de forma mais proveitosa.

Apesar disso, é importante relembrar que os titulares devem ter uma relação sólida de confiança entre si para que essa gestão funcione. Se este não for o caso os resultados podem ser desastrosos.

2 – Maior segurança nas transações

Como uma conta conjunta só pode ser movimentada com a autorização de todos os titulares, confere mais segurança em relação a fraudes ou outros tipos de problemas.

3 – Isenção de comissões bancárias

É possível também obter isenções de comissão bancária devido essencialmente ao saldo superior das contas conjuntas. Isso acontece pois por norma a mesma agrega os rendimentos de duas ou mais pessoas.

Principais desvantagens de abrir uma conta conjunta

Como nada é perfeito, abrir uma conta conjunta também pode não ser vantajoso em algumas ocasiões, as quais listamos a seguir.

1 – Abalo da relação de confiança

Caso os titulares não estejam em sintonia em relação aos gastos, é bem provável que venham a surgir discussões sobre a utilização do dinheiro. O que consequentemente pode abalar a relação de confiança.

2 – Menos privacidade

Contar com a anuência dos titulares pode acabar por não permitir privacidade e independência dos utilizadores quanto à utilização do dinheiro.

3 – Menos prática em situações urgentes

Se precisar de efetuar um pagamento imediato, não poderá aceder à conta sem a autorização do outro titular. Uma dificuldade que não irá agilizar a situação, o que pode ser um problema em ocasiões urgentes.

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Como abrir uma conta conjunta?

A abertura de uma conta conjunta funciona, basicamente, da mesma maneira que a abertura de uma conta à ordem habitual.

Apenas saiba que para abrir este tipo de conta terá de ter consigo os documentos das duas ou mais pessoas que serão os titulares da mesma. Além disso, será necessário que os titulares da conta assinem os papéis para a abertura.

Veja a seguir os documentos necessários para abrir uma conta bancária em alguns dos principais bancos portugueses.

1 – Banco CTT

Para abrir uma conta conjunta CTT, em caso de maiores de idade e residentes em Portugal, deverá apresentar os seguintes documentos:

  • Documento Identificação
  • Cartão Cidadão/B.I. ou Passaporte
  • Documento de Identificação fiscal
  • Cartão Cidadão ou Cartão Contribuinte
  • Comprovativo de morada
  • Fatura doméstica com antiguidade não superior a 3 meses (água, luz, telefone, televisão ou Via Verde) ou Extrato Bancário
  • Comprovativo de profissão e Entidade Patronal
  • Recibo de Vencimento ou Declaração da entidade patronal com antiguidade não superior a 3 meses
  • Caso esteja desempregado, deverá apresentar um dos seguintes documentos com antiguidade não superior a 3 meses
    • Declaração de Desemprego (Inscrição Centro de Emprego);
    • Atestado de Situação Económica emitido pela Junta de Freguesia para desempregados não inscritos em Centro de Emprego.

2 – Banco Millennium

Caso a sua opção seja uma conta conjunta Millennium, os documentos exigidos são:

  • Identificação
    • Bilhete de identidade ou Cartão do cidadão ou Passaporte ou Certidão de nascimento
  • Morada
  • Comprovativo de morada (recibo água/luz/tv cabo…) ou Carta de condução ou Declaração/Nota de reembolso de IRS ou Declaração da Junta de Freguesia
  • Caso o cliente seja menor, deverá ser apresentado comprovativo da morada dos pais/representantes legais e declaração destes atestando que a morada do menor é a mesma dos pais/tutor/representante
  • Número Fiscal
  • Cartão de Contribuinte ou Cartão do Cidadão

3 – Banco Montepio

O banco Montepio também exige, basicamente, os mesmos documentos para abertura de conta conjunta, que são:

  • Identificação pessoal
  • Residentes: Cartão de Cidadão ou, caso não exista, Bilhete de Identidade (civil ou militar)
  • Imigrantes: Passaporte, Autorização ou Título de Residência em território nacional
  • Menores: Cartão de Cidadão ou, caso não exista, Bilhete de Identidade (civil)
  • Identificação fiscal
  • Cartão de Contribuinte
  • Cartão de Cidadão
  • Ou Título de Residência (modelo uniforme), cópia certificada ou documento público onde conste o número fiscal do contribuinte
  • Comprovativo de morada
  • Recibo (água, luz, gás, telefone ou outro considerado idóneo e suficiente)
  • Carta de condução
  • Certidão da junta de freguesia
  • Certidão da conservatória do registo comercial
  • Nota de liquidação de IRS
  • Documento da administração fiscal
  • Comprovativo de profissão e entidade patronal
  • Recibo de vencimento
  • Cartão de ordem profissional, emitido pela Entidade Patronal, contendo nome da entidade patronal, nome do titular, vínculo laboral, data de emissão/validade e profissão
  • Declaração da entidade patronal

Os documentos necessários para abertura de conta são praticamente os mesmos em qualquer banco. Mas é sempre importante informar-se com antecedência para não faltar nada quando assinar o contrato.

Agora que já sabe mais sobre as contas conjuntas, pondere se esta é mesmo a melhor opção para si e procure mais informações junto às entidades bancárias.

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