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Carência ou diferimento de capital no crédito habitação?

Essential Advice, Intermediário de Crédito, Unipessoal, Lda. registada no Banco de Portugal com o nº0001429

Cada vez mais é comum ouvir as expressões “carência de capital” e “diferimento de capital”, principalmente aquando do acesso a um crédito habitação.

Isto acontece, pois cada vez mais os bancos permitem às famílias portuguesas a aquisição de um imóvel, onde podem usufruir de uma destas opções.

No entanto, existem ainda imensas pessoas que desconhecem ambas as opções, assim como as suas vantagens e desvantagens.

De forma a que possa adquirir o seu crédito habitação munido do máximo de informação possível, o NValores irá explicar-lhe tudo aquilo que necessita saber sobre o período de carência de capital e sobre o diferimento de capital no crédito habitação.

1 – O que é e para que serve o periodo de carência de capital no crédito habitação?

De forma simples, o crédito habitação é constituído por duas vertentes distintas: capital a amortizar e juros do empréstimo.

Quando falamos em carência de capital, estamos a referir-nos a uma modalidade em que durante um determinado período de tempo (por norma entre 6 a 24 meses dependendo do banco), apenas irá liquidar apenas os juros associados ao crédito habitação que solicitou, não existindo amortização do capital em dívida.

Desta forma, irá conseguir durante algum tempo, manter a prestação do seu crédito bastante mais baixa, uma vez que o valor da prestação é igual à amortização do capital + juros do crédito (e você só estará a pagar os juros).

No entanto, são imensos os bancos, que atualmente já têm créditos específicos em que pode usufruir da mesma logo no início do contrato (facilitando assim o pagamento de outras questões como a aquisição do recheio da casa, o valor da escritura…).

Principais vantagens e desvantagens de obter uma carência de capital

Como é normal, existem diversas vantagens associadas a este tipo de crédito, no entanto, iremos salientar as principais de seguida:

  • Redução da mensalidade nos primeiros anos;
  • Ideal para quem se encontra em início de carreira e ainda têm pouca liquidez financeira;
  • Ideal para quem comprou uma 2ª casa, mas ainda não conseguiu vender a casa antiga.

No que concerne as desvantagens é importante salientar as mais importantes. Assim sendo:

  • O valor total do empréstimo fica mais caro;
  • Aumento das prestações mensais após o período de carência.

É importante salientar que esta é sem qualquer dúvida uma opção momentânea, que lhe permite reduzir significativamente a prestação mensal no início do seu contrato, no entanto, a média/longo prazo, acaba por ser uma menos-valia, no sentido em que irá pagar muito mais mensalmente.

Ou seja, tenha em conta, antes de optar pela carência de capital quando compra um imóvel, que este vai ficar mais caro no total (o montante total de juros pagos é também superior), uma vez que não amortizou a dívida durante o período de carência.

2 – O que é e para que serve o diferimento de capital no crédito habitação?

O diferimento de capital num crédito habitação, é uma possibilidade que os bancos fornecem, em que o consumidor tem a hipótese de deixar até 30% do valor do crédito para pagar na última prestação do empréstimo.

Se por um lado, as mensalidades vão ser mais baixas, por outro, você não tem a garantia que na última prestação terá o remanescente para proceder à liquidação do montante em falta.

Este tipo de modalidade, irá fazer com que o montante total do seu empréstimo seja maior (uma vez que durante o período do empréstimo, o mesmo vai ser pago de forma mais lenta).

É importante salientar que de todas as modalidades de pagamento que podem estar associadas a um crédito habitação, esta é a que irá ficar mais cara.

Principais vantagens e desvantagens do diferimento de capital

Como é normal, existem diversas vantagens associadas a este tipo de crédito, no entanto, iremos salientar as principais de seguida.

  • Prestação mensal mais baixa;
  • Possibilidade de juntar algum dinheiro para amortizar a última prestação;

No que concerne as desvantagens é importante salientar as mais importantes. Assim sendo:

  • O valor total do empréstimo fica mais caro (muito mais caro);
  • Valor da última prestação extremamente elevado.

Salientamos, que esta opção deve ser evitada, uma vez que vai pagar um valor muito superior pelo seu crédito, do que se optar por pagar a prestação mensal de forma constante.

3 – Qual a melhor opção: carência ou diferimento de capital?

De forma a poder ter um ponto de comparação, iremos apresentar-lhe uma simulação que foi realizada.

3 Simulações para família Cardoso

A família Cardoso, resolveu adquirir o seu imóvel de sonho, tendo para isso solicitado ao banco um empréstimo habitação no valor de 100.000€, com um prazo de pagamento de 30 anos (360 meses). A taxa de juro aplicada foi de 4.5%.

Veja de seguida o resultado de três simulações distintas (de acordo com diversas modalidades de pagamento) para o pagamento do valor do crédito.

1 – Simulação com prestação mensal “normal”

Se a família Cardoso optasse pelo pagamento mensal da sua prestação, os valores pagos seriam os seguintes:

Prestação mensal – 507€

Valor total de juros – 82.407€

2 – Simulação com carência de capital

Se a família Cardoso optasse por ter um período de carência de capital nos primeiros 12 meses do empréstimo, os valores pagos seriam os seguintes:

Prestação mensal no período de carência – 375€

Prestação mensal pós-carência – 515€

Total de juros – 83.718€

3 – Simulação com diferimento de capital

Se a família Cardoso optasse por ter um diferimento de capital de 30% do valor do empréstimo, os valores pagos seriam os seguintes:

Prestações 1 a 359 – 467€

Ultima prestação – 30.467€

Total de Juros – 98.185€

Com vê, embora ambas as alternativas possam ser vantajosas, é importante que analise muito bem qual a melhor alternativa e qual a que mais se adequa às suas necessidades.

Agora que já sabe como é que funciona a carência e o diferimento de capital num crédito habitação, faça todas as contas e simulações necessárias, de forma a verificar se estas são ou não uma boa opção para si, e se se enquadram nas suas necessidades.

Se tiver alguma dúvida ou questão sobre este tema, ou se quiser que o NValores faça toda a avaliação por si, não hesite em contactar-nos.

Relembramos que não cobramos nenhuma comissão de avaliação pelo seu crédito.

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Revisto por Ricardo Rodrigues

CEO e Fundador da NValores (RRNValores Unipessoal, Lda,)

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