O crédito habitação é um dos maiores encargos que as famílias portuguesas têm de suportar mensalmente. Assim sendo, saber como poupar no Crédito habitação deveria ser algo que muitas famílias deveriam saber, pois essa poupança pode ser extremamente significativa.
Na maior parte das vezes, os olhares são direcionados para poupar na alimentação, poupar no cartão de crédito, poupar numa grande maioria de situações do dia a dia. No entanto, são poucas as pessoas que se preocupam em olhar para esta rubrica no que concerne poupança, pois acham que não é possível poupar.
A verdade, é que o desconhecimento é a principal causa, pelo qual as pessoas olham para este tipo de crédito como fixo e imutável, o que é uma premissa totalmente falsa.
Hoje iremos dar-lhe algumas dicas de como pode poupar no crédito habitação em apenas 6 passos rápidos. Conheça-os de seguida.
Como poupar no crédito habitação?
Nos últimos anos tem havido uma “guerra aberta” entre os bancos devido aos spreads bastante baixos que vão sendo apresentados como forma de angariar novos clientes. Assim sendo, as alternativas para poupar neste tipo de crédito são atualmente bastantes.
Passo 1 – Realize várias simulações e compare os resultados
Um dos primeiros passos para conseguir uma poupança bastante avultada no crédito habitação, passa essencialmente por realizar diversas comparações aos créditos existentes no mercado português.
São imensas as entidades financeiras e bancárias que têm atualmente valores de spread bastante interessantes (normalmente os mesmos rondam percentagens entre 1,15% e 1,75%) do que aqueles que eram praticados até há alguns anos atrás.
Se o seu spread é igual ou superior a 2% é possível poupar com a transferência do seu crédito para outras entidades.
No entanto, é importante ter em conta que podem existir alguns custos associados a essa mesma transferência. Assim sendo, dependendo do tipo de taxa de juro eu tenha contratada (taxa fixa ou variável), a comissão pelo reembolso antecipado não pode ser superior aos seguintes valores:
- 0,5% sobre o capital que é reembolsado nos contratos com Taxa de Juro Variável;
- 2% sobre o capital que é reembolsado nos contratos com Taxa de Juro Fixa.
No entanto, é importante que faça as contas, pois poderá poupar no crédito habitação imenso dinheiro, realizando a troca de banco (havendo ainda alguns bancos que suportam esses custos).
Passo 2 – Transferir o crédito habitação para outro banco
Depois de realizar as devidas comparações, é possível analisar qual a entidade que lhe oferece uma melhor solução relativamente a este tema.
Se até há bem pouco tempo, era quase impossível reduzir os spreads associados a um crédito à habitação, nos dias que correm já é possível fazer a transferência de crédito a custo zero para diversas entidades.
A alteração acaba por ser um processo um pouco burocrático, sendo por isso importante que contacte uma empresa especializada na realização do mesmo, para que tudo se torne mais simples.
Se quer poupar no crédito habitação, o NValores poderá ajudá-lo na realização dessa tarefa, e frisamos desde já que não são cobradas quais taxas de comissão de avaliação.
3 – Transferir o seguro de vida habitação
Quando um consumidor contrata um crédito habitação, tem sempre de contratar também um seguro de vida, no entanto, a grande maioria acaba por subscrevê-lo a uma seguradora que é relacionada à instituição bancária que lhe concede o crédito.
De acordo com o programa Contas Poupança da SIC, existem muitas pessoas que até pagam um spread bastante baixo (inferior a 2%) mas cujo valor do seguro de vida é altamente impactante no valor do crédito habitação.
A verdade, é que a grande maioria desses seguros têm condições pouco atrativas e não são nem de perto nem de longe as melhores opções de mercado.
Assim sendo, é importante que compare o prémio do seu seguro de vida com diversas entidades no mercado nacional, e caso verifique que existem soluções bastante mais vantajosas, deve transferir o mesmo, permitindo-lhe poupar no crédito habitação valores muito interessantes.
Lembre-se sempre que poupar algumas centenas de euros mensalmente, possibilita uma enorme poupança ao longo dos anos que ainda lhe faltam para terminar o pagamento da sua casa (em muitos casos, apenas a alteração do seguro de vida, possibilita uma poupança total superior a 10.000€).
É importante salientar que existem alguns bancos que colocam uma clausula no contrato que prevê uma penalização do spread em caso de mudança de seguradora.
Embora seja uma prática censurável, é importante que faça todas as contas, e analise se é ou não vantajoso (pois a poupança gerada pode ser superior à penalização do spread).
Se o banco não facilitar esta questão, pode aproveitar e mudar tudo (banco e seguradora), pois existem ofertas bastante interessantes no mercado.
4 – Avaliar o seguro multirriscos-habitação
Sempre que um crédito habitação é contratado, não é apenas o seguro de vida que é obrigatório. Existe também a obrigatoriedade de contratar um seguro multirriscos-habitação.
E tal como acontece com o seguro de vida, muitos proponentes acabam por contratar um seguro que não é de todo competitivo. Assim sendo, de forma a conseguir poupar no crédito habitação em 2020 deverá avaliar outras oportunidades que existam no mercado.
Existem imensas seguradoras com pacotes promocionais de seguros multirriscos bastante interessantes. Apenas necessita avaliar a oferta, e ver qual a melhor opção para si.
É importante salientar, que os valores associados a este tipo de seguro são menores, daí a poupança ser também um pouco inferior, no entanto, a mesma pode ser facilmente de 2.000€ ou 3.000€ até ao final do contrato de crédito.
É importante, que antes de proceder a qualquer alteração, analise concretamente o seu contrato, e veja quais as condições do mesmo, se há alguma penalização de spread ou qualquer outra questão que possa influenciar as alterações.
Frisamos que no caso de optar pela sua seguradora atual, pode sempre tentar renegociar com o banco as condições do seguro multirriscos-habitação (pois os mesmos podem ser facilmente renegociados) conseguindo assim poupar no crédito habitação.
Lembre-se sempre de falar com a seguradora com conhecimento de causa, ou seja, leve diversas simulações que vão sustentar o seu pedido de renegociação.
Pode conduzir a negociação de diversas formas: diminuir o nível de coberturas, diminuindo também o prémio; manter as coberturas atuais, diminuindo o prémio, etc…
Veja também: Seguros obrigatórios no crédito habitação
5 – Otimizar outros produtos agregados
Muitas vezes, de forma a contratar um crédito habitação com um valor de spread mais em conta, os bancos solicitam que diversos produtos sejam agregados (cartões de crédito, domiciliação de ordenado, créditos pessoais…).
Estes produtos, podem na sua essência não exigir um grande esforço financeiro, no entanto, se for possível diminuir o seu custo e poupar no crédito habitação, porque não fazê-lo?
Mais uma vez, deve analisar o seu contrato e verificar quais as informações relevantes, e se os produtos agregados são realmente obrigatórios, e se o seu cancelamento não traz qualquer penalização de spread. Se a resposta for negativa, e não precisar dos mesmos, basta proceder ao seu cancelamento.
No caso de haver uma penalização, outra solução, possa por pedir que lhe apresentem novos produtos do género.
Por exemplo, o seu banco poderá hoje ter outros cartões de crédito, com condições muito mais atrativas, que poderá utilizar em substituição do seu antigo cartão.
Esta é uma forma de continuar a cumprir as obrigações contratualizadas no seu contrato de empréstimo, beneficiando de melhores condições do que aquelas que existiam na altura.
6 – Amortize o crédito habitação de forma antecipada
A derradeira forma de poupar no crédito habitação, passa essencialmente por tentar amortizar o maior número de prestações possíveis, reduzindo assim o prazo de pagamento associado ao mesmo.
Ao fazer uma amortização antecipada de um determinado valor associado ao seu crédito, diminui assim o capital em dívida, ou seja, vai pagar menos juros, o que se traduz numa poupança relevante.
Contudo, é importante salientar que nem sempre amortizar o crédito de forma antecipada é a melhor opção. Antes de tomar esta decisão, certifique-se de que realmente não irá precisar do dinheiro a curto prazo e que o contrato não prevê nenhuma penalização nesse sentido.
Caso a TAE do crédito for muito baixa, por exemplo inferior a 2%, a amortização pode também não ser a melhor opção. Neste caso, uma melhor alternativa seria encontrar uma boa opção de investimento, com juros atrativos e um baixo risco.
Agora que já sabe como para poupar no crédito habitação, está na hora de começar a poupar e a aumentar o capital que tem disponível mensalmente.
Veja também: Como reduzir a prestação da minha casa ao máximo